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Mostrando postagens de janeiro, 2020

Uivo da Noite

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Eu fiquei profundamente estática, para não ser esmagada pelo peso do vento. Eu senti na minha espinha, a ferida viva de quem respira.  Era mais uma noite de palavras inesperadas,  Inóspitas e ríspidas, no desespero de desabafar.  Eu coloquei um pé depois do outro com cuidado pra não cair .  Fui seguindo naquela estrada sem luz, sem medo de desistir.  Eu vi a mim mesma no reflexo da madrugada.  Calada.  Balancei pra gerar um pouco de movimento. Procurei ficar atenta, no meio da tormenta. Foi difícil não cair.  Sabia como enfrentar as tempestades, porque no fundo as minhas vontades eram os próprios furacões ao qual o povo tanto fugia.  Eu não me via no mundo daquela gente.  Eu sei que sou um pouco diferente e não vou me machucar pra me encaixar.  Eu não vou me contorcer por outro ser..  Ao menos que ele mesmo me desenrrole, ou me dobre em mil partes.  Ao menos que ele se proponha a entender onde meu quebra cabeças cabe.  Eu sei sorrir e chorar.  Ouvir e gritar.  E sou complet

Desapego

Desapego é uma casca que se quebra na mais repentina queda. É  desafio que leva embora aquilo que a gente não precisa, mas insiste em dizer que é necessário pra viver.  Desapego é como tirar o peso, de nossos usos e abusos das coisas que não fazem parte de nós, que ali estão pela vida, sendo a rotina do ego que alimentamos e esquecemos, que pensamos ser importante mas nem sabemos.... Que o essencial da vida não está no espelho ou no desejo , e sim na forma daquilo que realmente é.  Natural e livre, belo e puro.  Viver é como o formato do teu crânio, que apesar de crescer cabelo, continua sempre o mesmo, até após a morte!

Once More

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So we fly, once more... if no fear to fall.  And we rise, we dance and cry.  There is beauty in all battles.  There is love in all souls.  So we love once more... unafraid to be rejected.   Because true love, don't asks for returns.  He just lives like we breathes.

I can

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Just storming my head to feel the clouds up. In shades of blue my heart goes away. I can still feel without my head. But I can not think without my heart! 

Regalo

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Eu me sinto pequenina diante a grandiosidade de poder ser eu mesma. Me sinto uma fagulha infinitesimal, das celulas que percorrem o meu sangue. Sinto feito passar a tinta no pincel, e deslizar gentimente pelas telas da vida. Sinto respirar profundo, ir ao fim do mundo nas profundezas distantes do existir. Eu sou muda perante o som do universo. Meu verso é tenro. Sereno desabafar. Eu pisei no mundo ... e agradeço cada dia ao caminhar. Porque a vida é uma vereda infinda que termina no mar. Amar. É como um amanhecer de cores quentes. Onde o sol se levanta sem cansar! Eu vou cantar mais uma vez... Antes de calar minha trêmula voz. Vou agradecer repetitivamente, o regalo e o dom, não apenas de viver... mas de SENTIR a vida! 

Destemida.

Hermeticamente, pelas profundezas da noite. Tentei sentir a mim mesma. A lua mais uma vez movia-se indiferente. Minha pele ao tocar sua luz, se desfez. Nua. Eu não precisava mais ver. Pois eu era um com a noite. Reflexos de um coração perdido. Sempre soube preencher a mim mesma. Ao mesmo tempo, acabo buscando alguém se encaixa. É como dançar só numa noite de lua ou estar com pessoas que ama em uma noite escura. Na vida sempre falta um pedaço. E parece que estamos todos os desesperados por encontrá-lo. Eu me Basto. Mas apenas para que eu possa ser eu mesma ao lado daqueles que me importam. Desvendar os segredos do universo é tornar-se um só. O Caminho das estrelas é como voltar pra casa, depois de um péssimo dia, deitar na cama e pensar: tudo vai ficar bem.  Escrever na noite é como colocar para fora os sentimentos. Ou transmutar tudo aquilo que já não cabe mais. Sempre podemos ser. Cada novo dia traz a esperança de um recomeço.  É como reinventar.  O entardecer ve