Borra-me a Face ☂

Quantas vezes sou poema, na beira do mar. E quantas vezes me perdi tentando me encontrar. Se o tempo passou, decidi me amar. E quando refleti, descobri navegar. Quantos perigos nesta proa, Ao teu lado quero encontrar. E pela melhor versão de mim , o mundo desbravar. Quantos ventos resoantes, ao horizonte vi entoar. E pela madrugada breve, tua voz ouvi cantar. Se ao teu lado meu riso, O tempo não vi passar. E de leve brincadeira, minha alma se pôs a voar. Vamos mais uma vez, Novamente, contente, em paz. Aproveitando o momento que se desfaz. E nesta prancha o sol nos viu. A noite ainda nem surgiu. E temos o universo inteiro em nossas mãos. Urgi em ver os seus olhos. O espaço é todo nosso!  

Insista. Não desista. Se assista. Não desista. Artista, tenta mais uma vez. Não esqueça que tudo tem seu tempo. Não desanime. Invista em você mesmo. Se cuide. Não se assuste. Tente mais uma vez!  

A cor de meus olhos eu perdi.  Na areia funda, despedacei.  Àquela dança confunsa me entreguei.  E difusa mais uma vez, me embriaguei.

Quantas bocas falam e beijam enquanto eu me silêncio? Quantas memórias e desejos foram esquecidos? E se eu morrer hoje terei vivido? Não permaneça escondido... tire as roupas dos segredos antigos. 

Quantas andanças o tempo passa. Quantas ruas meus pés nunca param. Minhas mãos ainda colhem momentos. Acolhem sedentos o mar de quem tem sede. Ainda ei eu de tocar muitos campos... Que do encanto da vida se fez poesia ! . . Foto @gioguarizzo 

Ainda sinto o silêncio. Tentando descobrir o som de mim mesma. Ainda quero ver o que o mundo me reserva. Eu sou dura na queda e não tenho medo de lutar. Mesmo quando fico sem ar. Recomeço a andar. Mesmo quando nada faz sentido... Nada digo!  

Eu me revelo em cada face. Me rebelo em cada parte de mim mesma. Eu não me canso de tentar. E não tento pra me cansar. Meu pensar é cortante. Constante, pavoroso. Para alguns, indecoroso. Minhas palavras não tem tamanho. Porque elas dançam ao infinito. 

Toque de seda em tuas mãos.  Tom vermelho e poesia.  Ainda não via seus olhos, mas beijava a noite.  No tom das estrelas perdi minha face.  E em som de poesia encontrei arte. Quanta solidão cabe num corpo?  E quanto vinho cabe  num copo?  A Quanto tempo existe minha alma?  E quantos momentos me inspiram calma?  Eu sempre quis entender o tom do universo.  E continuo minha busca, sem encontrar respostas.  Além de que palavras muitas, me tentam dizer.  Mas em vão, minha alma não fez transparecer.  Eu só quero entender o segredo do universo.  E contínuo compondo este verso... Quantas canções terei de dançar, para minha alma eterna findar?

Quanto de mim ainda me resta? se meus restos jazem aqui jogados... se eu me levanto todos os dias. alguma coisa ainda sobra de mim. porque acordar calado é como se jogar ao mundo, observando ...  O que vem depois?! Quanto do mundo ainda te falta ?

Quanto de mim ainda há de ser descoberto? O quanto ainda preciso caminhar para chegar onde quero? O que falta de mim para que eu me torne aquilo que realmente sou, aquilo ao qual eu vim a este mundo... Qual é a direção? E se estamos fazendo o certo ninguém pode dizer... Apenas você! Porque somente nós mesmos podemos saber quem somos e/ou para aonde vamos. Temos que nos reinventar, lapidar. Para então nos tornarmos quem desejamos ser, para então podermos fazer aquilo que nos move, que nos toca, que nos faz sermos nós mesmos!!! Eu me vejo, como um amontoado de livros e em cada planeta eu tenho um super poder diferente. Eu quero ser aquela gente que ninguém sabe, aquela pequena grande pessoa que ninguém viu. O processo de me tornar é extenso. E ninguém nunca saberá..  quando eu chegar lá. Mas o que importa é que sempre em algum lugar, estaremos buscando... Infinitamente, multidimensionalmente.. E cada detalhe faz a diferença... Então se você pensa em ser alguém,

Maçã de vidro... seu veneno contido. Escondido. Te mata de tiro perdido. Eu não ligo... porque ela me parece menos vil. Eu te digo, tem tanta coisa nesse mundo que se quebra... Tão fácil. Seria nem sentir o sabor do veneno. Mas pra onde vou se não tenho tempo? E quantas partes adormecidas... Eu nem consegui morder. Eu nem sei te dizer de onde vem essa coisa coisa toda. 

Quantas partes de mim resignifiquei..  E o mar revolto não me deixa dormir... Surgi no meio da tempestade.  Renasci nas águas menos brandas que avistava.  Quanto caos num corpo d'água... E o mar revolto, não me deixa dormir .  Renasci . . . Foto @luispauloop_ .