Borra-me a Face ☂

A vida é como o por do sol... As vezes parece que o calor se foi, e nada se enxerga. Mas então a lua brilha, as estrelas indicam o caminho. E o sol sempre volta. 

Quando ouso ser. E danço sem saber. O sabor daquilo que me faz vibrar. É o céu. Somos todos animais. Sem asas eu pairo. Com o coração eu penso. E pensando vou sendo. Aquilo que me toca. Tiro o pé do chão.  Mesmo quando continuo a caminhar. O meu passo lento. Desfaz o tempo. Qual é a cor daquilo que não podemos ver ? 

Quando a gente voa não quer voltar. Quando a gente vive só quer estar. Quando eu piso o chão sai do Lugar. Melhor ter asas e nunca pousar. Minucioso instante.  Voa comigo na paz do teu silêncio.

Espero. E eternamente tempo. Anseio pelo momento em que ele se desfaz. Refaço meus pensamentos. Que da rubra face , cansada da luta. Me entrego ao destino. Arranco as vestes. Conto mais uma vez. Tempo . Tortura-me. Ensina-me a ser paciente. Que das sementes, Na lua minguante não crescem. Espero. Desejo sincero de ser mulher. Mais um vento que se foi. Eu ainda aguardo a virada da lua. Tempo. O relógio bate mais uma vez. Aguardo ansiosamente tua chegada. Que ao fechar os olhos, Sua face já enxergo. Muda . Solícita. Aguardo. Solipsista. Do alto da montanha procuro te ver. Quero ter contigo, ouvir tua voz. Demonstrar meu carinho.

Eu quero abrir meu coração. Mesmo que naquela manhã fria. De olhos fechados, ainda posso ver.  Nosso coração carrega as histórias. Do âmago de nosso ser.  Eu quero converter aquilo que me dói.  E deixar esta linda planta florescer.  Quantas cores cabem num entardecer?  E quantos tons de cinza se chover?  O azul do céu não tem fim. ------------------- I Want to open my heart. Even so in that cold morning.  Because we feel through the senses. Our heart holds the histories.  From the bottom of our being. I want to convert the things that hurt me.  And let this beautiful plant flowering. How much colors fit in a sunset?  And how many shades of gray if it rains ?  The blue sky has no end. 

  Não existe caminho, mas os pés tem olhos por onde pisam. Não existem olhos, mas do centro da mente algo nos faz enxergar.  Não existe mente. Mas no fundo o seu coração é a maior razão que existe!

Eu tentei ser flor, Naquele vasto campo. Me perdi em encanto. Árido respirar. Cantei até minha voz secar. O cheiro e terra molhada, eu me esqueci como é. Tudo tem estado tão seco. Sem fé. 

Pintura por Mari Pavanelli . . . Ah! Que meu povo clama e não sabe o que fazer. Sem enxergar, suspensos no ar, buscando uma forma de respirar.  Digo-lhes... Envolvo-lhes na mais colorida capa de proteção. Com a força da Espada de São Jorge e mil Dragões. Que possamos perceber que não é preciso olhos para ver.  A força está dentro de você!  Se envolva em seu mais belo manto.  Se eu canto os males espanto.  Como as plantas que protegem as matas. Pés descalços. A natureza nos abriga.  Nos acode, nos socorre.  Calma.  O mundo pede calma.  Seja  a natureza e se proteja. Espectros. Despertos. Enérgicos. Brotamos feito sementes rompidas. Seguimos apenas a luz em nossas vidas! ---------------------------------------------------------- Ah! That cry out my people and do not know what to do. Without see, up in the air, searching a way to breathe. I tell them. I involve them in the most colorful cover of protection. With the strength of

Além do tempo e espaço. Somos como cores num papel. O sol há de iluminar incessantemente. Como a lua podemos sentir cada ciclo. Escalando a mais alta das montanhas com vigor. Que a dádiva do presente possa trazer. 

Peço-te por um sorriso para não ir-me tão triste. Minha eternidade, já não é mais tão profunda, Quanto antes antes,  Estou-me indo. -Gleyse de França

Oh meu enredo lírico, minha fruta boa.. De flor mais breve! Volta para o teu silêncio. Vê que é tão tarde- ! Quer navegar eternamente nos perigos dessa proa!! Oh minha uva. Safra que rasga o céu. Tolo céu da boca. Peço que o que?! Não,  nada peço... É duro o sono retorcido do teu beijo que jaz calado. Oh, relva de nenhuma candura, Mentir aplaca todo e qualquer dezembro. -M.P. - Novembro de 2012.

Muitas vezes nosso coração fica apertado com as muitas coisas que acontecem.  Mas tudo em seu tempo se cura ... Toda dor traz um grande aprendizado. Assim como a  terra em seus ciclos, plantas secas nutrem as novas sementes, que se desenrolam a sair da terra.. A chuva as vezes parece fria e triste, mas apenas ela é capaz de molhar os grãos e fecundar o solo, alimentando as árvores que com seus frutos saciam os animais. E depois das mais ferozes tempestades,  jaz o sol esperando por detrás das nuvens... Pronto para iluminar, para secas as vestes e aquecer os corações. Um belo arco-íris se forma.. guardando sua beleza oculta e pacificando o que antes parecia ser uma eterna confusão.   

Ainda não sei onde estacionei meu coração. E apesar do vento frio que me bate o peito.. ainda sinto o silêncio . E junto com as partes mais profundas. Meu coração é capaz de aquecer meu corpo. 

...Como se um sentimento de solidão e tranquilidade ao mesmo tempo.  E o mistério do que está por vir. Junto com a quietude estática do momento.  Quando apenas o tempo pode nos trazer a resposta, o silêncio é a profunda e eterna pergunta! Ainda é tempo de ouvir o que os ventos da montanha dizem.  Sem que gritem sua verdade a todos. Porque ainda é tempo de calar. De guardar os segredos da vida.  De procurar os mistérios da alma.. E de plantar uma pequena semente, que inerente à tudo que a cerca, desenrola-se a sair da terra. Sem medo dos raios de sol...

Latente. Dança minha alma. Sedenta por um momento de silêncio. Atenta para os corpos que pairam. Eu passo num instante. Por entre constâncias e inconstâncias. Meus defeitos são o que me fazem querer ser. Meus trejeitos. Meus trajetos. Abuso de mim mesma na vontade de despertar. Não desisto. Mas continuo a escalar. Mesmo com as feridas que me rompem os dedos. Mesmo com as dores que me acertam o peito. Serei sempre quem sou. Sei rir de mim. Sei caminhar sem fim.

A lua já se foi ou ainda não veio. Vejo caminhos de estrelas sem fim. Como se nada tivesse começo ou meio ..  Vejo mais uma vez, Uma imensidão. Desesperada por expressar a vontade de existir ..  No movimento dos astros, Eu me sinto estática observando. Infinitamente.  Aonde esse caminho brilhante leva?!

Hoje é dia das Mães!  Tantas fortes mulheres que cuidam da vida!  Carregam em seus ombros, ventres e braços.  Ensinam, acolhem e acudem.  Elas dão sua própria vida sem hesitar, fazem de tudo por seus filhos.  Amam da maneira mais pura. Incondicionalmente Mães! Eternas e amadas! Que possam sempre ser lembradas!

 A terra há,  A terra dá o que tirar.  A terra boa de cume. Terra boa de brinca.

A engrenagem nunca para.  Mas se faltar uma peça ela não gira!

Da terra molhada brota o alimento. A estação acompanha o movimento. A gente corre pra colher no tempo. Pra aprender com cada deslocamento. Eu quero me desprender, feito o fruto maduro que cai do pé. Feito grão adulto. Apanhadura, colhimento. O aconchego da terra é infinito. Saceia o bucho, Que farto de tudo tem energia pra plantar. Mais uma vez gira o transcurso. Sem discurso ou explicação. As coisas da terra simplesmente são. 

Meus olhos frios, tocavam o sombrio. O espaço pode até parecer vazio. Mas nem tudo que é vida a gente vê.