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Mostrando postagens de março, 2014

Vulgo pensar.

Seu lúcido refúgio, Além da insanidade; Seu vulgo pensar, Em um instante incerto.. Paralisou o tempo.

Chuva maré.

A chuva caiu. Molhou, me despiu. Cuspiu as mágoas. Atirou-as ao rio. Banhou as marés. Fez da corrente, torrente. Pingou, indiferente.

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A cada dia entendo mais... A cada hora escrevo mais... Enquanto cada minuto se desfaz, vejo ... : Tudo é capaz.

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Poucos realmente entendem.. pois muitos não conseguem sentir a verdadeira essência da vida.

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Se deixares que a vida passe diante de seus olhos fechados, jamais verás ou saberás o que ela tem a lhe mostrar.

Leão

O leão sedento de sangue, Luta. Porque maior é sua verdade. Sedento de sangue ele busca, na escassa selva, a água que lhe aguça a vontade. O leão sedento de sangue, está mais é sedento de fome. Por isso luta, pra que prevaleça o seu vigor. Luta, porque há de ser o caçador, para que seus restos não tornem caça.

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As palavras podem dançar... eu juro!

Flor de orvalho.

Se cada gota de orvalho banhasse minha pele.. Seria eu uma flor. A cada madrugada, ao cair do orvalho... Surgia a rosa, quase congelada pelo frio cortante. Em um botão de doçuras, Agradeceu sorrindo o orvalho congelante. Manteve-se viva, pela gota que escorreu cantante. Banhada pela lua, a rosa quase nua. Vestida de orvalho, acalento ao vento. A rosa pôs-se a abrir. Junto aos primeiros raios de sol da manhã. A rosa pôs-se a chorar. Junto ao orvalho que derretido, pingava sobre a terra à molhar. A rosa pôs-se a sorrir. Ao saciar a sede! Que da terra enxuta, uma gota inunda os grãos. Na flor muda, a cada noite torna o orvalho a cair... E verte cada pingo, fazendo a flor emergir.

Terra molhada.

O cheiro de terra molhada que a chuva me traz Faz-me respirar. Cada gota, que congelada despenca Encharca a terra seca, Abaixa a poeira. Cada nuvem que bloqueia o sol, Alimenta as árvores. Dá de beber aos animais. Lava almas. Escorre rio abaixo... No mar, a calmaria se desfaz. Na terra, fecunda e inunda. Nas nuvens, congela. Evapora. Sobe. Congela. Se une. Derrete e Cai. Se esvai pelo vento. Desfaz o tempo. Une os amores, que na chuva se abraçam. O cheiro de terra molhada, faz-me respirar. E como uma gota de chuva, Escorre o meu rosto.. Ao ver que a minha volta não há mais terra. Como uma gota de chuva, Lamenta minha alma. Pela perda, pela falta de terra molhada. E do fundo da minha alma, lamento-me em lágrimas Pela falta que o verde da chuva me faz.

Poente amanhecer.

Aaah! Espero o amanhecer.. Sei que me trará muitos ventos, logo levanto minha vela. Sei que talvez me faltará água, logo me farto dos rios. Talvez não me trará nada, então me ponho a sorrir. Sigo o caminho da leveza, meu passo se esguia da tristeza . Leva-me ao poente sol. Reza ao nascer. Agradece.

Negra sombra.

Acordei.. olhando meu reflexo. Muda. Tornei a andar. Caminhando ardilosamente, senti-me perseguida. Olhei. Calei-me em ver minha própria sombra. Oh! sombria parte de mim .. Tu me persegues, porque não consegue caminhar sozinha. Me persegues, porque me serve. Oh! sombria parte de mim.. Tu que és tão negra quanto o breu. Proteja-me dos tortuosos e podres caminhos que estão por vir. Oh! sombria parte de mim.. Perdi o medo em ver-te ou sentir-te. Agora, és tão preta quão branca. Oh! sombria parte de mim.. Pare de me perseguir! Continue a caminhar. Mas não me assuste tão assim. És parte de mim.

Não! Não aceito!

Em um dia de frio, anseio em te ver . Por não te ter por perto, procuro tua face em meio à escuridão . A névoa não se cala ao vento, Escuto os uivos de sua voz. Não! Não aceito! Quero ter-te ao meu lado. Ah! Um devaneio.. Caio novamente em meus anseios. Tua presença me afaga os seios, molha os lábios... Faz-me tanto salivar por um pedaço de ti! Prometo me lembrar sua face, e fazer-te sorrir! Prometo guardar as lembranças, e degustar cada traço teu, todos os dias! Aah ! faz-me tanto delirar! Seu gosto me vicia à tua carne. Não! Não aceito! Quero estar louca perto de ti. De nada me adianta estar ensandecida, e não estar em teus braços. Não! Não aceito! Sinto-me entediada quando estou sã. Sinto-me sã longe de ti, Porque teu amor, por demais me enlouquece a cabeça e outros órgãos! Não! Não aceito! Quero acordar ao seu lado.

Dedos de Fada.

Dedos de fada que tocam os seios Receio em pensar no desejo. Se te vejo, desperto. Pele escura, clara como a luz Seduz teus beijos. Corpo e alma na arte da lua, Fez-se nua e abundante. Naquele instante, mostrou-se reluzente. Tão de repente, no badalo da alma ardente Teu dente marca-me a pele. A boca lambuza, abusa fértil da vontade de viver e dar a vida. Shhh ... Apenas deite-se aqui, querida.

Fera Mansa

Minha fera mansa, Meu negro sol! Candura eu sorriso apaixonado. Um amor que encasulado, abriu, desabrochando como uma bela flor azul. Vamos fruir da paisagem fria. Frutificar os campos da vida. Fugir das idéias tristes, para matá-las de saudade de nós. Deixar ferver, explodir em fulgor A fuligem frenética do amor. Lavar a alma, Lavrar a mente, Laxar o corpo. Pestanejar algumas idéias, para não me sentir tão só sem ti. Perpetuar sua imagem e Acordar ao seu lado, todos os dias ao nascer do sol!

Altos picos perdidos.

Errante sou eu em minhas passadas. Mas há eu de me agradecer aos tombos e mal passadas que passaram. tanto assim, ensinaram-me. Procuro eu os picos distantes Paraísos perdidos desse universo florido. Vasta amplitude de terra, A fertilidade materna. O amos foragido de matas perdidas. Dos vales fugidos e escondidos, pedintes de viver - Eis aqui o meu ser.