Borra-me a Face ☂

E que flor nunca teve arrancado seu sonho de ser fruto? Afinal, o que é o amor ? Seria simplesmente um impulso selvagem da natureza, tentando manter acesa a chama da vida ?! Seria simples queda em teus braços, na noite de lua. Ou andar pela rua sem mais nem Por que ? O amor seria estar de mãos vazias, De olhos fechados. Se entregando ao momento. O amor seria o lapso do tempo A passar lento quando estamos ao lado de quem se gosta. Voar, sem enxergar, Na tentativa desesperada de mostrar ao mundo o que se sente... O que se tem dentro da gente. Ou ainda exaltar que existimos, que estamos vivos! O que seria o amor? Se todo mundo acredita... É instinto? É sensação? Emoção? Senso? Sentimento? Sentido? Quando nada faz sentido. O amor vem para despertar a singela consciência do cuidar! Para prosperar o perfume, daquela flor de dois gumes. Que hora nos faz sentir vivaz. Hora chora e nada mais.

Somos flores, que vivem pra ser fruto. Frutos que vivem para dispersar sementes. E voltar novamente a terra. Crescendo e sendo a vida sem guerra.

Rodopiar, é como beijar a face daquilo que não podemos ver. E tonta feito mel, ir parar no céu! 

Mais flores. Que feito sombra, enfeitam o chão. Com um sorriso sem razão. A vida fica mais bonita!

Vem aí voando. Meu espírito. Feito pássaro. Passa pelas dimensões. Quem somos nós nessa vastidão ? Pequenas almas com um só coração.

Se eu fosse um galho, seria torto e irregular. Como as surpresas da vida que estão sempre a rotar. Vou mergulhar e me perder no mar. E com um grande mistério, Sumir, afundar. Eu sou saudade do que não vivi. Sou sereia a sorrir. E se eu cantar, é pra ver as plantas que dançam em uma linda tarde de sol!

Viver é como banhar a alma de sal e deitar-se ao sol. É refletir o azul do céu, além do olhar quente do dia. É ser noite fria, em estrelas que dançam para esquentar seus corpos celestes!

De um outro dia qualquer . Perdida.. Me encontro procurando amor. Sou uma flor. Todos merecem. Se somos vivos, queremos sentir!

Eu sou liberta de mim. Com minhas Venturas e Aventuras. Baila Natureza com sua linda voz. E nos mostra as faces infinitas do destino. Seja livre. Animal que pasta pelo meio que lhe pari. A vida é um parto. De partida sempre estou. A caminhar sem destino. Calejando os Pés. Mas amando cada passo.

Levei ao vento. Pólen de flor que banha a pele. Banhei de luz minha vontade de ser. Aceitei o mundo sem saber o que me aguarda. Seja qual for o desafio, Rio, nua pelo rio. A me banhar.

Eu era manhã fresca. Em sombra branda. Orvalho que se foi com o calor do dia. Flor que sorria. Eu não me lembro qual poesia estacionou minha alma. Mas continuo a transbordar palavras. Ao vento, sopro da voz que se cala. Que clama saudade de ser verdade. Eu só me lembro a cor de seus olhos. E a voz de seu espirito . Me lembro da sua calma e seu riso . Eu me lembro de suas cores e sabores... Espero leve, sua volta florida. A luz da próxima vinda. Que teu sabor que me beija a pele. Faça arrepiar os pelos. E que essa história continue sempre. Alimentando um novo desejo de transformar. Amor, eu não sei dizer o que significa. Mas os sentimentos que tenho por ti, me causam intriga. Seu mistério move minha curiosidade de ter você.

Borrei minha face. E me sentei á mesa. Vazia, meu copo é que estava cheio de emoções. Eu pensava sobre um futuro . Amigo, me faltava um ombro. Caminhei. E pela rua noturna, ninguém me atura essas horas. Todos dormem. Lati, pra lua. Soltei meu instinto. Uivei. Sonhei com você esta noite.

Aonde andei. Com calejados pés pisei. Se eu errei e cai. Me levantei e sorri. Porque de que vale o tombo, se nenhuma cicatriz lhe deixa? Para recordar, o bom momento, sempre nos marca por dentro.

Eu virei mar. No fim daquele céu. Afundei. E deixei pra trás o que era meu. Percebi que nosso. Mundo todo. Tudo. É nosso.

Tem! Mas acabou. Eu sei! Mas eu não lembro. O que tá acontecendo? Eu acho que não sei.

Somos partes de um todo. Partes de um corpo que se encaixa em pedaços. Somos o lastro da essência. Forma, cor e transparência. Somos o que somos. Vibramos e voamos. Deixe ser, o que quiser.

Voar.. é como beijar o céu. E cair na mais repentina força, sem atingir o chão. Livre. Em amor à vida!

Eu não sei se o tempo passou, Ou se foi a voz de minha mente, que agora se cala. Mas entendo cada dia como uma sinestesia. E me perco na fumaça. Eu constantemente ouço o eco de tua voz. Mas não me lembro sua face. E agora escrevo pra deixar ir embora, O tom que me enlouquece e me enaltece. Eu já nem lembro quantos baseados. E ainda me sinto atordoado, Atordoa o som que não se vai. E eu me desfaço. Me embaraço e me refaço. Me amo. Mas busco, encontrar-te. Na esperança de ter uma manhã menos vazia. Eu não lembro mais qual foi a esquina que te beijei. Ou como foi que te conheci. Ainda sonho... Falo num passado que nunca existiu. Eu tive uma noite estranha e decidi apagar tudo da mente. Porque era vergonhoso o que fiz, pra terminar contente. E o que sobrou foram apenas umas garrafas vazias. Muitas pontas no cinzeiro. E o cheiro, que eu queria ter sentido. Nada faz sentido. Eu terminei vazia. Ao menos, como tudo começou. Se ninguém me amou , nessa história, e

Meu querido amado amigo, mais que amigo . Quero ter-te em meus dias, as eternas lembranças, se não a sua companhia! Que tua alma brilhe sempre de alegria, que viva intensamente em euforia. Que a cada gole de pinga, lembre da minha face, o riso, em ver-te cair embriagado! Que eu possa estar ao seu lado! Que seja breve a distância, que a vida nos leve, ao vento. A rir do destino e suas armadilhas. Que o dia passe lento ao teu lado, que fumemos muitos baseados!!!!

Olhos nus, no desejo de quem sente saudade.. A noite se vai em vontade. As vezes a gente deixa passar aquilo que quer. Pelo bem de quem se ama, não importa nosso drama!

Bambu, meu coração é livre e nu. Saúdo tua graça. Com amor e garra. Respeito teu fluir. Sempre me ajuda a construir.