Ruptura

Quando penso que meu peito não há de sofrer,
Vem à tona este pesado vento.
Que consigo arrasta portas e telhados,
Deixando a morada instável e insegura.
Balança peito, faz ninar teu coração.
E pensa um jeito de deixar compaixão.
O meu choro não é seco.
É ferida profunda que rasga o peito.
É dor que dói mais fundo que mundo.
Não é anseio ou frescura.
É ruptura que sangra a carne.
É trauma pesado, dilacerado que escorre feito horror.
Nas paredes de minha mente grita uma voz.
Bem funda.. ninguém ouve.
Parece muda... Mas dói.
Ninguém viu o que aconteceu.. ninguém morreu.
Mas parte de mim foi embora com o riso.
Parte de mim ainda grita os ouvidos.
Ninguém viu o que aconteceu ...
Nem mesmo eu me dei conta.
Mas quando olhei pra dentro, senti sangrar, senti lamento.
Ninguém vê quando isso acontece .
Ninguém enaltece os fatos...
Mas continua a ocorrer, sem ter ninguém pra socorrer o trauma.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Solto.

Velha Árvore

Um minuto