Mesmo borrada

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Mesmo borrada a chuva cai na face de quem tem os olhos que chora.

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Solto.

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Existem caminhos que vem e que vão.  Existem pernas e partes, cabeça e coração.  Existem pessoas que vivem ou não.  Umas esperam, outras enxergam. Calada continuo, com meu olho astuto. Procuro, respiro, sinto, vivo, vejo, ouço.... Meu corpo. Teu corpo. Solto. 
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Velha Árvore

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Foram tantas as coisas que minha mente viu, que diante da grandeza de tamanha consciência me calei. E permaneci imóvel, feito uma velha árvore, que finge nada saber. Mas ela viu tanto, que sabe que verá ainda mais... E diante da grandiosidade de tudo, continua sabendo nada. 
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Um minuto

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Um minuto... Um minuto onde meu couro cabeludo descola da cabeça. Um minuto onde tudo para... E tudo dói.  Mas tudo para. Esqueço dos anseios e venço. Venço meus medos: Medo de não conseguir aguentar esse Um minuto, Medo de não ser amada por quem eu amo, Medo de não ser boa o suficiente naquilo que me proponho a fazer, Medo de perder as pessoas que eu amo, Medo de não viver o que eu quero viver, Medo de não conseguir proteger, Medo de ter medo... E tudo se dissipa, naquela dor que vai arrancar meu couro cabeludo. Eu descubro que eu consigo: Ficar mais que um minuto pendurada pelo cabelo... E eu consigo: Ser amada por quem eu amo, Ser boa o suficiente naquilo que me proponho fazer, Estar sempre com as pessoas que eu amo, Viver o que eu quero viver, Consigo Proteger, Não tenho medo. Eu me liberto e consigo ser eu mesma, Porque eu tenho coragem! E ter coragem não é não ter medo... Mas vence-lo, porque você agiu com o coração e seu tamanho é muito maio
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