Procuro um olhar que me entenda.
Eu só queria curar dentro de mim .. aquilo que não cabia mais. E queria afagar de amor aqueles que me tocam. Mas mesmo rodeada por outros seres, sinto-me só. E a solidão como fardo que toda velha árvore carrega.. Me corroi sem tréguas. Quantos mares ei eu de atravessar, sem que beba uma gota de água doce ? Salgada morada . Meus olhos pousaram em lágrimas e eu desfiz meus pensamentos. Como se ainda estivesse em pausa. Eu não podia descrever a dor que rangia em meu peito. Nem tanger a calma que balançava em meus cabelos. Eu quis ir . Mesmo sem escolher. Eu me permiti.. Mesmo sem saber . No fundo eu já dizia a mim mesma o quanto sou forte. O quanto tenho sorte. Eu fitei a lua, naquela noite a rua estava calma . Meu espírito me condena. Porque não sei me distinguir daquilo que me transpassa. Sou como água pura que se mistura ao barro da rua. Que no fim da chuva bebe da acidez do tempo. Das ...