Pouso

Quando pousa 
Minha face no silêncio.
Abrindo feito flor se foi no vento. 
Quando escrevo.
Só quero estar em branco. 
Pairo na essência de transcrever. 
A cor que posso ver é translúcida. 
O que quer de mim a vida ? 
Ou que vida queremos ter ? 
Nada. 
Porque nada pertence. 
Não se pode querer, ter.
Quando no fundo já somos. 
E apenas somos quando 
aprendemos a ouvirmo-nos. 
Se o teu silêncio dói...
Joga fora tua voz. 
Porque nada pode servir, se não existe a paz de existir. 
Quando tua voz for incômoda ...
Fale mais uma vez. 
Buscando ouvir com clareza o tom daquilo que se põe  pra fora.
Se é dia ou noite. 
Claro ou escuro... 
Eu me confundo. 
Mas não me afundo naquilo que não toca minha alma. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Solto.

Velha Árvore

Um minuto