Fragmento.


Hoje eu danço.
Meus braços são asas que me guiam ao infinito.
Meus pés são placas de gelo. Daquelas bem pesadas que me mantém ao chão,
Mas tão molhadas que me permitem deslizar gentilmente pra onde desejo.
Queridos pés os meus! Esquecem-se de agradecer aos pés, que nos levam a todo canto.
Meu pisar gentil balança e suaviza o espaço, os movimentos calmos e profundos relaxam.
Ah, ao som do silêncio.
Danço só. E perguntam-me onde está a musica. Tolos.. não a ouvem?
Ela está em todo canto!
Se hoje danço ao som da chuva, amanhã dançarei ao som do balançar e cair de folhas com o vento.
Ah, se danço silêncio, é porque o som está em toda parte.
E os ''surdos'' .. não conseguem ouvir-la.
Mas tenho certeza de que os surdos podem ouvir a todo instante.

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