Borra-me a Face ☂

Ah se a vida é um circo, Nossas decisões e atitudes são o espetáculo! Sempre quando a cortina se abre, o palhaço chora. Triste ao ver um mundo vazio, súplica ao público que sorriam. Pois as situações que o universo nos põe, são como palhaços.. Que insanos de suas graças, enlouquecem em prantos. E sabem rir até mesmo da própria desgraça! A carcaça salva! Pois é esta força que nos põe de pé, a tentar novamente ser alegre, diante as farsas e perigos do destino.

Olhar para o mundo. Desejar profundo. Ver as perspectivas infinitas diante do universo. A vida é uma espiral, que movimenta as forças dançantes do cosmo. A vida é um fractal, que com sua pureza orbita os universos existentes, paralelos e sorridentes. Sempre rotacionando em busca de transformações.

Plante sempre uma semente, para colher mais do que a mente poderia dizer. Seja seu próprio poder, construindo a realidade com os tijolos do destino.

Quando o vento bate, sinto ser flor. Quando a chuva desce, borboletas em cor. Se a natureza dança de amor, Por que ser ódio e dor? Sabiá quando canta quer voar. E na proa do navio, sereias a nadar. Porque viver é como sonho novo, onde o mundo gira num piscar de olhos.

Existem coisas na vida, que se mostram através de sinais. Como uma sombra no muro, mirando a luz que lhe faz. Eu sou o brilho da vida, que pois sem a escuridão, não há. Os opostos que vibram,  em paz, Sempre se desfazem, tornando-se o mesmo em cada parte. 

Querido tomato verde. Deixa-me banhar a pele de sol. Corar o rosto pálido, envermelhecer as faces. Querido tomato verde, venha banhar comigo. Torna mais quente este seu broto, Deixa vermelho e saboroso.

Eu sou uma folha. Que balança com o vento. Sendo a mesma folha que respira e faz o vento balançar.  Sopre o ar, para que os seres vivam. Sopre o ar, para sempre pensar. Sobre as coisas da natureza, um grande mistério há. Perceba-se parte, seja o desvendar.

Parte de mim é planta, Parte de mim é sol. Parte de mim é água, Parte de mim é terra. Por entre tantas partes, partem-se os limites. Ardendo em chamas. Por além de tantos sopros, minha alma faz-se vento. Este uiva a cada lenta respiração de flor. Em uma transmutação de prana, Fortaleço o universo, Para que em casa verso eu possa dizer quem eu sou.

Ah se eu pudesse mostrar ao mundo o que veem os meus olhos, Seria só saudade das histórias que se foram, dos lamentos e risos vividos! Se eu pudesse enfim mostrar ao povo, que a visão por mais que torta, é apenas uma perspectiva! E é só manter viva a razão, agir com o coração, que o universo entorna, retorna, se torna Rio.. Pois flui, incessantemente, não importa a corrente.. A correnteza leva, leva tudo que vê pela frente! Limpa, dissolve as partes que se banham. Mostram como sempre ganham por serem limpas, claras, verdadeiras... Ah se minha vida fosse um Rio.. Oh se não é.. e nele vou seguindo, lavando as feridas da guerra que enfrento. Porque lutar as vezes é preciso. Viver é um balanço contínuo!

A vida anda. Em diversos caminhos, eu digo, Andar é um caminho pensante. Pois pense na vida.. Que há de ser vivida, sem data de partida. A cada sol! Pois podemos partir sem saber, Ao anoitecer, Sem enaltecer motivo. A vida é o riso, O gozo do momento, sem dor ou lamento. É coisa que faz crescer, engrandece a alma, Em cada calma!